SEMPRE AO LADO DA DEMOCRACIA
A realização das eleições para a escolha do novo presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais já se aproxima e, a reboque, faz crescer a expectativa de que mudanças possam ocorrer de imediato no cenário político de nosso país, mas com reflexos que se farão sentir também na economia, educação, saúde e na melhoria das condições gerais dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
É certo que, já de um longo tempo, o eleitor está bastante descrente em relação à política em si, especialmente pela forma como os parlamentares brasileiros, com honrosas exceções, têm exercido seus cargos, quase sempre de maneira a não atender aos anseios do povo, de uma forma geral, mas tão somente a seus próprios interesses e ou de grupos políticos e econômicos que os favorecem. Por conta disso, o eleitor não crê ser possível mudar a história do país, por considerar, dentre outros fatores, que a corrupção, por exemplo, é inata à política e cultura brasileiras.
É fato que sob o atual governo, os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros não têm motivos quaisquer para comemorar, pois em nada avançamos no que se refere a direitos previdenciários, trabalhistas e sociais. Pelo contrário, o que temos visto é o aumento exorbitante do custo de vida, dificultando ainda mais a sobrevivência de todos, num quadro em que há, por exemplo, mais de 12 milhões de desempregados.
Ao lado disso, pesquisa recente divulgada na primeira quinzena de setembro pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSAAN) revela que três em cada 10 famílias brasileiras tiveram dificuldades para comprar alimentos e foram obrigados a reduzir a quantidade de algum item, sofrendo, por isso, insegurança alimentar moderada ou grave. Ainda de acordo com o estudo, levando em conta a insegurança leve, são 125, 2 milhões de pessoas com preocupação sobre a disponibilidade de alimentos, com algum grau de indisponibilidade dos mesmos ou passando fome – neste caso, seis em cada 10 famílias brasileiras.
Particularmente no que se refere às eleições presidenciais deste ano, há um ingrediente a mais a apimentar a disputa, uma vez que esta se dará num momento em que há um enorme e preocupante clima de hostilidade entre eleitores dos dois principais candidatos que lideram as pesquisas: de um lado Luís Inácio Lula da Silva e, de outro, Jair Messias Bolsonaro, o que também podemos considerar que coloca em risco a democracia brasileira.
E o verdadeiro sentido da democracia está diretamente ligado à possibilidade que o cidadão tem de exercer a própria soberania popular, o que se dá pelo voto direto e secreto na escolha de seus governantes. Daí, afirmarmos que o eleitor tem em suas próprias mãos o principal e mais importante instrumento político de transformação política e social: o voto.
Nesse sentido, o SITESEMG conclama a todos os seus filiados, trabalhadores e trabalhadoras em entidades sindicais, para que conheçam as propostas de todos os candidatos, para todos os cargos que estão em disputa. Que não acreditem em fake News (falsas e mentirosas informações) e que, acima de tudo, façam suas escolhas de maneira consciente e livre, sempre tendo em mente que o MAIS IMPORTANTE É DEFESA DA DEMOCRACIA BRASILEIRA, com um governo mais justo, humano e igualitário. Vamos votar em um presidente e verdadeiramente democrático que governe com oportunidade para todos, aquele que ouve a todos, sem nenhum tipo de descriminação e preconceito, longe do ódio, da agressividade e do estímulo à violência.