TRABALHADORES DA ESCOLA SETE DE OUTUBRO PEDEM SOCORRO
Há alguns anos, os trabalhadores e trabalhadoras da Escola 7 de Outubro vêm sofrendo com o descaso por parte da direção da entidade, que demonstra insensibilidade ao resolver problemas administrativos que têm se acumulado ao longo do tempo.
Pelo menos desde dezembro de 2020, o SITESEMG tem recebido inúmeras denúncias dando conta do descumprimento de direitos dos trabalhadores/as. A lista de problemas já ganha contornos de uma verdadeira bola de neve. Especificamente quanto à questão financeira, eles estão há três anos sem reajuste salarial, além disso, o atraso no pagamento de salários tem sido frequente.
Os porteiros, por exemplo, não têm recebido o auxílio-refeição pelo menos desde maio de 2020, isto é, dois meses depois do início da pandemia do coronavírus, e nem mesmo marmitex, em desrespeito ao que anteriormente era praticado pela própria Escola Sindical, conforme previsto no último Acordo Coletivo de Trabalho.
Os problemas não param por aí. Vários trabalhadores/as estão com dois períodos de férias vencidos e um funcionário sem registro em carteira de trabalho há mais de 2 anos. Além disso, a entidade não tem feito o devido recolhimento do FGTS e nem do percentual relativo ao INSS, que é descontado do trabalhador, cujo valor não está sendo repassados ao órgão oficial, no caso a Previdência Social, o que é uma clara ameaça à sobrevivência futura destes trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias.
Portanto, não há qualquer dúvida quanto à condução e administração completamente irregular por parte da atual direção da Escola 7 de Outubro.
Desde que recebeu as primeiras denúncias, a direção do SITESEMG tem insistido para conversar com a coordenação da escola, bem como com as direções nas instâncias estadual e nacional, às quais é subordinada. No entanto, todas as tentativas de se buscar uma solução por via do diálogo não tiveram êxito, o que, em consequência, já gerou um processo judicial em favor dos trabalhadores/as.
Recentemente, a Escola 7 de Outubro permaneceu 20 dias sem energia elétrica, o que comprometeu o abastecimento de água na entidade e também colocou em risco a própria segurança dos trabalhadores.
Consideramos ser necessário criar uma grande rede de solidariedade e proteção principalmente para os trabalhadores e trabalhadoras, mas, também, à própria instituição, que agoniza lentamente. Faz-se urgente uma ação mais efetiva para manter vivo esse patrimônio material e imaterial que, ao longo dos anos, a despeito de todos os problemas que enfrenta, tem servido a um importantíssimo projeto de elaboração e troca de conhecimentos sobre o mundo do trabalho urbano e rural.
Saiba mais sobre a Escola Sindical 7 de Outubro
A Escola Sindical 7 de Outubro é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 29 de agosto de 1987 – como parte da rede nacional de formação da CUT – e destinada a criar lideranças sindicais nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Seu nome homenageia os operários mortos e feridos na repressão a uma greve dos trabalhadores da Usiminas, no Vale do Aço mineiro, no dia 7 de outubro de 1963, naquele que ficou conhecido como o “Massacre de Ipatinga”, uma das mais tristes páginas de nossa história.
Em quase 35 anos de atividade, a Escola 7 estabeleceu uma rica troca de conhecimentos com universidades e outros centros de pesquisa no Brasil e no exterior, que reforçaram laços de cooperação solidária, possibilitaram desenvolver potencialidades e reafirmaram um projeto de democratização da sociedade e promoção do desenvolvimento econômico em bases sustentáveis e solidárias.
TRABALHADOR É TRABALHADOR EM QUALQUER LUGAR!