GREVE EM BANCÁRIOS/RJ ENTRA NO DÉCIMO DIA
Nesta quarta-feira 16, completam-se dez dias do início da greve no Sindicato dos Bancários do RJ (Seeb/RJ). De lá para cá, a Comissão de Empregados e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais do RJ (Sintesi/RJ) se reuniram algumas vezes com a direção do Seeb/RJ, que se mantém disposta a demitir 26 sindicatários sob a alegação de que precisa reduzir custos. Sua única proposta, até o momento, resultou na criação de um Plano de Desligamento Voluntário (PDV), que recebe adesões até amanhã.
Os trabalhadores, por sua vez, querem que as demissões sejam canceladas. Eles observam que o Seeb/RJ optou por dispensar os que recebem menores salários, ao passo que ex-dirigentes sindicais contratados pela entidade serão poupados da demissão em massa. Também acusam o SEEB/RJ de manter contratos injustificáveis com empresas terceirizadas, que incluem gastos expressivos.
As demissões violam o previsto no Plano de Garantia de Emprego (PGE), conquistado pelos trabalhadores em 1991, do qual consta uma série de critérios para regular dispensas. Para a Comissão, a greve deve ser mantida como forma de assegurar a validade do PGE.
A Comissão ainda afirma que há recursos suficientes para manter os 26 sindicatários, uma vez que o Seeb/RJ recebeu a taxa negocial prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no ano passado, além da primeira parcela sobre o pagamento de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) aos bancários – a segunda será quitada em fevereiro e março.
Caso as demissões se confirmem, o Sintesi/RJ pedirá à Justiça que as invalidem e os trabalhadores sejam reintegrados ao trabalho. Situação que, para a comissão, obrigará o Seeb/RJ a abrir suas contas.
A direção da entidade avaliaria os rumos do movimento nesta terça-feira. Até o momento (20h30), contudo, não há informações sobre o resultado da reunião.
Com informações da Comissão de Empregados do Seeb/RJ